IMPRENSA

 


Plano ABC faz 10 anos na mitigação das mudanças climáticas
30/04/2021

Atualmente, o grande desafio para o setor agropecuário, segundo vários estudos, é manter a trajetória de aumento constante da produção, gerando segurança alimentar com sustentabilidade socioambiental. Esse desafio surge em meio aos debates e às pressões sociais por um novo modelo de desenvolvimento, que seja capaz de conciliar crescimento econômico e conservação do meio ambiente, aumentando a resiliência dos sistemas produtivos e reduzindo as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Pensando nisso, a Embrapa e seus parceiros, por meio das ações da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na Agropecuária (Plataforma ABC), situada na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), contribuem para o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas (Plano ABC), desenvolvendo metodologias e estratégias para monitorar os avanços e os resultados desta política pública. O Plano ABC é um dos destaques do Balanço Social da Embrapa 2020.

O Plano ABC tem por finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis, selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos de redução de emissão de GEE no setor agropecuário assumidos pelo País. De acordo com o pesquisador e coordenador da Plataforma ABC, Celso Manzatto, “o Plano ABC, fundamentado em bases científicas e tecnológicas, reuniu as mais eficientes tecnologias produtivas, que resultam em redução dos riscos e aumento da produção, contribuindo ainda para a redução das emissões de GEE”, explica ele.

“O trabalho comprova o compromisso do Governo brasileiro em relação à sustentabilidade da agropecuária, setor que representa a base do complexo agroindustrial responsável pelo superávit da balança comercial brasileira, além de ratificar sua responsabilidade com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 13), o que prevê medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos”, salienta Manzatto.

Desde a Rio 92 o Brasil tem sido protagonista nas discussões internacionais sobre desenvolvimento. No setor agropecuário e florestal, o Plano ABC é o maior plano de fomento a tecnologias sustentáveis de produção do mundo e em 2020 completou 10 anos de execução.

A modernização e o crescimento do setor agropecuário permitiram ao Brasil elevar sua produção e produtividade, aproveitando a diversidade de suas condições edafoclimáticas. “Neste contexto, o Brasil foi pioneiro em reunir estratégias de fomento de tecnologias sustentáveis no Plano ABC, visando à consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura, o qual logrou sucesso e foi base para a construção de políticas regionais”, explica Manzatto.

Incentivo à agricultura de baixo carbono

O Plano ABC conta com recursos do crédito rural por meio do Programa ABC para incentivo à adoção das tecnologias de baixa emissão de carbono pelos agricultores, além de ações de fomento, treinamento e disseminação das práticas e das tecnologias ABC. “Contudo, é preciso desenvolver ferramentas e instrumentos de monitoramento, de forma a contabilizar os esforços de mitigação dos agricultores, bem como operacionalizar as políticas de incentivo (como o Programa ABC). Ademais, o monitoramento das emissões de GEE na agropecuária brasileira é imprescindível para que o setor privado se interesse pelas diversas oportunidades de mitigação nesse setor”, explica o pesquisador.

Segundo os pesquisadores, as tecnologias de mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do Plano ABC ocupam atualmente uma área da ordem de 91 a 114 milhões de hectares, com uma expansão, nos últimos 8 anos, entre 33 e 41 milhões de hectares, correspondendo a 93 a 115% da meta compromisso de 35,5 milhões de hectares.

O Plano ABC é composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação, e ainda um último programa com ações de adaptação às mudanças climáticas: recuperação de pastagens degradadas (RPD); integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e sistemas agroflorestais (SAF); sistema plantio direto (SPD), fixação biológica do nitrogênio (FBN); florestas plantadas (FP); tratamento de dejetos animais; e adaptação às mudanças climáticas.

Observa-se uma expansão para RPD, ILPF e SPD de 66, 86 e 45%, respectivamente, e uma taxa de crescimento anual de 7,5% para RPD, 9,2% para ILPF e 5,5% para SPD. Entretanto, informa Manzatto, “as metas globais de RPD e FP ainda não foram atingidas com base nas estimativas realizadas, situando-se entre 22 a 70% e 21 a 41%, respectivamente. Considera-se que a evolução da RPD no período foi da ordem de 10 a 19 milhões de há”, diz ele.

Por isso, será necessário um esforço metodológico adicional para verificar e quantificar a evolução da recuperação de pastagens degradadas no País, bem como no tratamento de dejetos animais nas cadeias de suínos e de pecuária leiteira. “Com isso, torna-se imprescindível o acompanhamento das ações e a verificação do avanço da adoção das tecnologias, tanto para reconhecer o sucesso do Plano ABC quanto para compreender onde podemos avançar”, enfatiza o pesquisador.

Para mais informações sobre agricultura de baixa emissão de carbono, consulte a página temática da Embrapa e também a página da Plataforma ABC.

Fonte: Embrapa Agro


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