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 Pesquisa aponta frutas com elevados potenciais antioxidante e antibacteriano
							18/03/2015
 
 
 Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química da UFC avaliaram os 
potenciais antioxidante e antibacteriano da polpa de oito frutas tropicais 
brasileiras. O estudo constatou que a acerola e o açaí foram os campeões em 
relação às propriedades antioxidantes, importantes na proteção contra doenças 
cardiovasculares e certos tipos de câncer. Quanto à atividade antibacteriana, a 
fruta de destaque foi o tamarindo.
 A pesquisa, desenvolvida pelo doutorando Mário Sérgio de Oliveira Paz em 
colaboração com pesquisadores do Instituto Politécnico do Porto e do Centro para 
Bioquímica e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, foi publicada na 
revista internacional Food Chemistry em 2015 e destaque na edição deste mês na 
revista da Fapesp.
 
 No trabalho, o pesquisador avaliou as atividades antioxidantes e antimicrobianas 
da polpa de oito frutas tropicais: açaí, acerola, cajá, goiaba, graviola, manga, 
abacaxi e tamarindo. A partir de quatro protocolos distintos, o estudo constatou 
que a acerola e o açaí têm altas concentrações de material antioxidante. Cajá, 
goiaba, graviola e manga têm índices médios de compostos fenólicos (um 
componente antioxidante), ao passo que o abacaxi e o tamarindo foram as frutas 
com menor potencial antioxidante.
 
 Por outro lado, o tamarindo apresentou ação positiva contra todas as bactérias 
testadas, inclusive alguns dos agentes mais comuns em infecções alimentares, 
Salmonella e Escherichia coli. O açaí teve uma ação bastante fraca nesse tipo de 
proteção.
 
 O trabalho chama a atenção para o fato de que a maioria dos estudos que se 
dedica à análise das duas características atribui a atividade antimicrobiana à 
presença de compostos fenólicos.
 
 Os resultados com o tamarindo e o açaí, no entanto, apontam uma relação inversa 
entre as duas propriedades, sugerindo que a atividade antimicrobiana não pode 
ser atribuída apenas à presença de compostos fenólicos.
 
 Diante disso, esses resultados podem ajudar em outras pesquisas que estudam 
compostos antioxidantes e antibacterianos em fontes naturais capazes de auxiliar 
no desenvolvimento de novos fármacos e na aplicabilidade em outros produtos. A 
pesquisa está disponível para download.
 
 Fonte: Mario Sérgio de Oliveira Paz, doutorando no Programa de Pós-Graduação em 
Química – fone: 85 3366 9981
 
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